terça-feira, 23 de novembro de 2010

Homens dos Quais o Mundo não é Digno

 
reformadoresNos registros do céu estão gravados os nomes de uma classe de pessoas que estavam dispostos a ir até às últimas consequências em favor da verdade bíblica. Estes homens eram religiosos, cultos, tinham cargos elevados em sua Igreja. Apesar de viverem num tempo em que a perseguição, prisão, tortura, e morte era o preço de discordarem de sua hierarquia eclesiástica, estas almas não hesitaram em tomar posição pela verdade imaculada das Sagradas Escrituras. Muitos deles selaram seu voto de compromisso com a Bíblia com suas próprias vidas e seguramente obterão a vida eterna. O exemplo destes homens deve ser o nosso também. Suas denúncias contra a hipocrisia, mentira, roubo e enganos satânicos devem ser repetidos da mesma forma que foram com estes homens de Deus. O universo espera com fremente desejo que o mesmo poder que se manifestou nestes homens possa manifestar-se na igreja de Deus nestes últimos tempos. Ou será que devemos orar a Deus para que uma severa perseguição nos acorde?


No IV século  John Wyclife, foi professor na Universidade de Oxford e é considerado “a estrela da manhã da Reforma,” trabalhando de perto com os evangélicos Lollards, tornou-se o arauto da reforma não somente na Inglaterra mas para todo o Cristianismo Católico. Ele foi o primeiro a traduzir a Bíblia para o inglês. Dos seus estudos escreveu e publicou folhetos contra os frades. Foi “perspicaz descobridor de erros e atacou destemidamente muitos dos abusos sancionados pela autoridade de Roma” G.C. 69. Quando doente disse aos seus colegas defensores da igreja: “Não hei de morrer, mas viver, e novamente denunciar as más acções dos frades.” Idem 73. Um testemunho para todo o verdadeiro adventista que se empenha na proclamação da verdade presente.
Enquanto estava na Universidade de Erfurt, Martinho Lutero, um humilde Alemão, descobriu uma Bíblia em Latim. Estudou-a avidamente depois de ter recebido da Universidade o grau de Doutor em Teologia, gradualmente sua aceitação da Bíblia tornou-se como a única e exclusiva autoridade. Resumiu os ensinamentos das Escrituras em  95 teses as quais desafiavam as invencionices impostas por Roma ao povo cristão. Em seguida pregou-as  nas portas da Igreja de Wittenberg, introduzindo assim a Reforma na Alemanha em 31 de Outubro de 1517. “Sinto já maior liberdade no meu coração; pois finalmente sei que o papa é o anticristo, e que o seu trono é o do próprio Satanás.” Idem 115. Em defesa da verdade foi preso, por muito pouco não foi queimado.

Deus escolheu um companheiro para Lutero, enviou Melanchthon a Wittenberg no começo da Reforma Alemã. Melanchthon foi o autor da confissão de Augsburg, assinada pelos príncipes da Europa na presença de Charles V. Este evento, em 1530, foi considerado o “Grande Dia da Reforma.”

Calvino, enquanto observava a queima dos heréticos, ficou maravilhado com a expressão de paz dos rostos dos mártires. Ele comprometeu-se em estudar a Bíblia para descobrir o segredo da fé Protestante. Enquanto nunca se desprendeu totalmente do erro, Calvino chegou a aceitar e defender a causa da reforma na França.


Em 1525 Tyndale completou o trabalho que tinha começado por Wycliffe, tomando o Novo Testamento em Grego de Erasmus e traduzindo isto para a língua dos seus compatriotas. Ele finalmente testemunhou pela sua fé sofrendo morte de mártir após ter sido traído por seus inimigos e ter permanecido por muitos meses na prisão.

Em 1516 Erasmus da Holanda, um excepcional professor de sua época, procurou nas livrarias da Europa pelos manuscritos do Novo Testamento. Ao encontrar, seleccionou somente os textos em Grego editados por Lucian. A edição Grega do NT que ele trouxe ao público era a usada pelos Protestantes da Reforma.

John Knox deu as costas ao misticismo do Catolicismo e comprometeu-se pela causa do Protestantismo na Escócia. “Quando posto face a face com a Rainha da Escócia, em cuja presença o zelo de muitos dirigentes do protestantismo se havia abatido, John Knox deu testemunho inquebrantável da verdade.” Disse a Rainha Mary: “Interpretais as Escrituras de uma maneira, e eles (os ensinadores católicos romanos) interpretam-nas de outra; a quem deverei crer?” Respondeu o reformador; “Crereis em Deus, que claramente fala na Sua palavra.” Idem 203.
John Wesley e seu irmão Charles, junto com Whitefield, surgiram como os portadores da luz provinda de Deus. Sob o domínio da igreja estabelecida, o povo da Inglaterra havia caído em tal declínio religioso que dificilmente se poderia diferenciar do paganismo. Grande  hostilidade às suas pregações foram denunciadas do púlpito pelo clero incitando numa vez o povo a matá-lo, contudo numa vez Deus enviou um anjo que o acompanhou á saída sem nada ter acontecido. (Idem p. 209)   Wesley despendeu sua vida em inúmeras jornadas pregando as Sagradas Escrituras em campo aberto, casas etc.  Foi o fundador do  Movimento Metodista.
Perto de Praga,  um homem trouxe alegria aos céus, John Huss da Boémia. Denunciava abertamente a corrupção na igreja e a dissolução do povo. Na sequência “suscitaram-se os temores da hierarquia e iniciou-se a perseguição contra os discípulos do evangelho. Compelidos a fazer o seu culto nas florestas e montanhas, os soldados davam-lhes caça, e muitos foram mortos. Depois de algum tempo decretou-se que todos os que se afastassem do culto romano deviam ser queimados. Mas, enquanto os cristãos rendiam a vida, olhavam à frente para a vitória da sua causa. Um dos que «ensinavam que a salvação só se encontra pela fé no Salvador crucificado», declarou ao morrer: «A fúria dos inimigos da verdade agora prevalece contra nós, mas não será para sempre… Huss, após severa perseguição foi condenado à morte. Quando estava amarrado ao poste, levantando-se à chamas começou a cantar hinos e mal podia a veemência do fogo fazer silenciar o seu canto…  Dificilmente se dariam conta de que as cinzas naquele dia levadas para o mar deveriam ser qual semente espalhada em todos os países da Terra; de que em terras ainda desconhecidas produziriam fruto abundante em testemunho da verdade. Huss já não existia, mas as verdades por que morrera, não pereceriam jamais. O seu exemplo de fé e de constância animaria as multidões a permanecerem firmes pela verdade, perante a tortura e a morte. A execução patenteou ao mundo inteiro a pérfida crueldade de Roma.” Idem p. 90, 91.
John Huss sendo preso e condenado às chamas no Concílio de Constância em 1415.
(Museu de Constância em Rosgarten)

William Miller filho de um capitão de guerra revolucionário nasceu em Pittsfield, Massachusets em 1782, tornou-se fazendeiro em Poultney, Vermount por volta de 1803. Dado ao estudo metódico das Escrituras, Miller foi o mais proeminente Baptista durante os anos 30 a pregar a breve volta de Cristo. Desconhecida para ele a mensagem do retorno do Messias, até então, foi  mais tarde sendo apresentada através de outros missionários Cristãos e através de visões e sonhos entre as mais variadas pessoas do mundo. Miller pregou os fundamentos da fé Protestante, contudo nunca aceitou o Sábado bíblico.

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